Continuamos em Reforma!

Continuamos em Reforma!

Série de Pregações da CELT de OUTUBRO: Continuamos em REFORMA! LEGADO E DESAFIOS ATUAIS.

Neste próximo dia 31 de outubro de 2017, celebramos os 500 anos da Reforma. Como luteranos, somos herdeiros diretos desse legado. Em que sentido eles continuam atuais e devem continuar balizando nosso jeito de pensar no século XXI? O que os reformadores quiseram dizer ao afirmar que a Igreja reformada está sempre em reforma?
Acreditamos que o nosso legado tem muito a nos dizer, como igreja e sociedade.

UM MUNDO DE INCERTEZAS – SOLA SCRIPTURA
Com o relativismo imperante, nos tornamos num mundo de incertezas. “Verdade? O que é a verdade?” – perguntaria Pilatos a Jesus. Mas era uma pergunta retórica. Ele não acreditava em “verdade”. É o vazio típico de quem só consegue olhar para Deus como algo diluído, construído, produzido. A Reforma afirmou existir uma fonte segura de informação acerca de Deus e da conduta: as Escrituras, a Bíblia. Como é nossa relação aquela que nós chamamos de Palavra de Deus? Ela é normativa, autoritativa ou ainda é meramente consultiva?

UM DEUS CUSTOMIZADO – SOLUS CHRISTUS
Vivemos num tempo de profusão religiosa. E até Jesus tem espaço nesse panteão, desde ele se contente em fazer parte dele. Afinal, “todos os caminhos levam a Deus” e “Deus é um só”. O Cristo da igreja ainda é o Cristo dos Evangelhos? O Deus que é um só não se tornou num ídolo da religiosidade?
UMA FÉ CRENTE EM SI MESMA – SOLA GRATIA/SOLA FIDE
Num tempo em que o ser humano é o centro de tudo, inclusive da religião, o que é fé? Ora fé é a certeza de que esse sentimento religioso e devotado que carrego em mim é capaz de me levar a alcançar os meus objetivos. Com essa fé, nada combina melhor do que a ideia de mérito. Espiritualidade, portanto, é a arte da troca. A fé que funciona coloca Deus a meu serviço, impõe sobre ele a responsabilidade de ceder ao que determino. Cumpri as condições, logo, tenho créditos. Parece urgente resgatarmos o Evangelho da graça e a compreensão do que é fé.

UM CLUBE IRRELEVANTE – SACERDÓCIO GERAL
Se Deus é objeto de consumo, o que seria a igreja? O supermercado da fé? Urge superar não somente a mentalidade “pastorcêntrica”, mas especialmente o consumismo hedônico que transforma a comunidade cristã num balcão de serviços religiosos para clientes exigentes. Tal coisa pode ser descrita como um clube, mas não como sinal do Reino de Deus, como comunidade de discípulos de Jesus. É um clube decadente, com extrema dificuldade de fazer novos sócios. Do ponto de vista de que não faz parte dele, faria pouca ou nenhuma diferença se ele continuasse existindo.

UMA REFORMA CONSTANTE – CONSTANTE RETORNO AO EVANGELHO
A Reforma do século XVI respondeu à perguntas do seu tempo. Ela continuam sendo um legado do qual não abrimos mão. Mas viver em constante reforma, como afirmaram os reformadores ser a nossa vocação, significa que , em cada geração, precisamos levar as questões contemporâneas ao Evangelho. As Escrituram continuam tendo a resposta, mas as perguntas não são exatamente as mesmas. O modo de pensar e viver das pessoas mudou. Sua cosmovisão não está mais inserida na Cristandade do final da Idade Média, nem responde mais aos fundamentos do Iluminismo do século posterior. Precisamos retornar ao Evangelho; precisamos compreender o nosso tempo. E ligar os dois por meio da nossa prática e anúncio.

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AGENDA:

  • 01/10 – Um mundo de incertezas – João Klug
    08/10 – Um Deus customizado – João Klug
    15/10 – Uma fé crente em si mesma – João Klug
    22/10 – Um clube irrelevante – Daniel Schorn
    29/10 – Uma reforma constante – Daniel Schorn
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Postado em

28 de setembro de 2017